Reencontro: a memória e o presente em diálogo na Galeria Castra Leuca

Entre 15 de novembro e 20 de dezembro de 2025, o espaço da Galeria Castra Leuca, em Castelo Branco, acolhe “Reencontro”, uma exposição que junta quatro nomes da arte contemporânea portuguesa: Francisco Pereira Ramos, Jorge Castanho, Luís Teixeira Alves e Raquel Terenas. A inauguração está aberta ao público e contará com a presença dos artistas.

Este projeto expositivo nasce da vontade de revisitar uma história coletiva que começou em 1982, quando, no Atelier Livre de Experiências Plásticas da Sociedade Nacional de Belas Artes — dirigido pelo pintor João Vieira — um grupo de jovens artistas fundou o coletivo [(5-2)+1[. A formação inicial incluía Francisco Pereira Ramos, Jorge Castanho, Luís Teixeira Alves, Patrícia Garrido e Luís Leal.

Durante os primeiros anos, o grupo desenvolveu projetos conjuntos marcados pela experimentação e pela liberdade criativa. Depois de 1985, cada membro seguiu o seu percurso individual, mas em 2010 um primeiro reencontro reavivou essa cumplicidade, já com a integração da artista Raquel Terenas, representante de uma nova geração. Agora, em 2025, o convite do diretor da Galeria Castra Leuca dá origem a um segundo reencontro, transformando a galeria num espaço de memória, diálogo e criação.

Cada artista traz para “Reencontro” uma obra marcada por décadas de pesquisa e maturação.
Francisco Pereira Ramos (Beja, 1956) — formado em design gráfico e com uma sólida carreira nas artes plásticas — apresenta trabalhos de desenho, pintura e escultura que revelam a sua permanente exploração da forma e do gesto.
Jorge Castanho (Beja, 1961), doutorado em Desenho pela Universidade de Sevilha, mantém uma postura crítica face ao sistema artístico, explorando linguagens poéticas e tecnológicas que resistem à banalização da arte.
Luís Teixeira Alves (Lisboa, 1956) expõe obras que refletem sobre o espaço e a paisagem, fruto de um percurso com passagem por exposições em Portugal, Japão, Itália, França e Espanha.
Já Raquel Terenas (Lisboa, 1989), licenciada em Artes Plásticas e mestre em Filosofia – Estética, propõe um diálogo contemporâneo entre cerâmica e matéria, explorando a expressividade do barro e a fusão entre o natural e o simbólico.

“Reencontro” é mais do que uma exposição: é o reencontro de quatro percursos, quatro tempos e quatro visões do mundo. É uma celebração da memória partilhada e da continuidade criativa que atravessa gerações.